O livro do profeta Ezequiel é marcado por duras
palavras proféticas contra povos rebeldes. O chamado profético de Ezequiel era
algo tão impactante que o próprio profeta, no início, ficou sete dias pasmado
no meio do povo, digerindo tudo aquilo que Deus estava falando a ele (Ez 3.15).
Mas o que me chama a atenção para esse texto é o que está escrito no capítulo
33. Ao longo do livro de Ezequiel as profecias foram sendo proferidas e cumpridas,
fazendo com que Ezequiel se tornasse popular no meio do povo que antes o ignorava
e debochava. Em 33.31 vemos que as pessoas se ajuntavam próximo do profeta para
ouvir as palavras de Deus, mas ainda havia um grande problema: “se
assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem
por obra”.
O povo estava diante de um verdadeiro profeta,
tinham acesso aos “melhores sermões”, inspirados diretamente pelo próprio Deus,
mas as palavras que entravam pelos seus ouvidos não chegavam até o coração. Isso
me faz pensar em nós hoje, que temos acesso também a inúmeras pregações,
textos, livros, somos ministrados de diversas maneiras a qualquer momento. Que
tipo de impacto tem sido gerado em nós? Não estou aqui me colocando como juiz
da nossa geração, pelo contrário, me incluo nela. Por vezes, ouvimos ou lemos
certas palavras e ficamos super admirados com o impacto delas, mas
tudo acaba ficando apenas nisso, admiração.
No livro “Em seus passos o que faria Jesus?”, é
falado no início sobre como era a vida daquela igreja na cidade de Raymond, na
Califórnia. O Reverendo Henry Maxwell era um excelente pregador, falava muito
bem e seus discursos encantavam os ouvintes domingo após domingo, mas havia um
problema, os membros da igreja de Raymond eram, de fato, apenas ouvintes.
Depois do término de cada culto, saíam da igreja e voltavam a viver suas vidas à
sua própria maneira. Mas aquela igreja sacudiu a cidade quando assumiram o propósito
de não fazer nada sem antes se perguntar: “em meus passos o que Jesus faria?”. A
partir daquele momento, as palavras que eles recebiam já não eram mais apenas
belas palavras admiradas, mas exortações que geravam transformações.
Que Deus nos livre de sermos meros admiradores
de belos discursos. Temos a benção de viver em nosso tempo, tendo acesso a uma
infinidade de boas ferramentas para crescermos em fé e maturidade, para
marcamos nossa geração. Em nossos passos o que faria Jesus? A
resposta está em Mateus 7.24, palavras do próprio Senhor Jesus: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas
palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua
casa sobre a rocha”.
Que em 2019, cada alimento recebido da parte de
Deus seja aproveitado da melhor maneira possível. Faça de 2019 o melhor ano de
sua vida! Feliz 2019!
Clayton Silva Senziani
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