terça-feira, 4 de setembro de 2018

DEUS NÃO ESTÁ MORTO 3: Uma breve reflexão


“Na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que refreia os seus lábios é prudente” (Provérbios 10.19)


Ontem tivemos uma oportunidade muito legal de ir ao cinema com aproximadamente 200 pessoas de nossa igreja para ver o filme “Deus não está morto: Uma luz na escuridão”. Confesso que me surpreendi muito com o tema bem atual que o filme abordou e gostaria de compartilhar com vocês essa breve reflexão. Aos que ainda não assistiram o filme, fiquem tranquilos que não darei grandes spoilers.

            Dentre tantos temas relevantes, encontrei um que tem me feito refletir muito ultimamente. Apresento esse tema usando uma fala da personagem Keaton, uma jovem que luta contra crises de fé. Ela diz algo mais ou menos assim: “Busco o silêncio no meio dessa gritaria toda; o mundo grita, a igreja grita, as pessoas gritam por toda parte... Deus, só queria ouvir Tua voz”. Isso nos aponta para a realidade, vivemos num período onde as redes sociais ampliam cada vez mais as vozes das pessoas, entretanto, os ouvidos cada vez mais surdos para ouvir o outro. O ser humano de repente se tornou um especialista em todas as áreas da humanidade, discute sobre tudo, sabe de tudo e, o pior, briga por tudo. Principalmente agora, período de eleições, qualquer fagulha é o suficiente para incendiar brigas (fúteis em sua maioria).

            Em meio a todo esse barulho, a igreja do Senhor Jesus não pode se nivelar para baixo e se igualar ao mundo. Como o próprio título do filme já sugere: a igreja tem que ser luz na escuridão! Esses dias tive o desprazer de ler uma publicação (de um irmão em Cristo, infelizmente), afirmando que quem critica um determinado candidato é maconheiro, vagabundo e outras coisas mais. No meio desse incêndio caótico que vivemos o que menos precisamos é de gente jogando mais gasolina (Bem aventurados os pacificadores).

            Tenho discernido ultimamente que nossa voz profética é expressa em poucas palavras (porém sábias e carregadas de autoridade do Espírito Santo), mas também no silencio das vozes para que os berros de nossas ações venham à tona. No mundo em que multidões gritam e ninguém se ouve, precisamos falar com ações genuinamente cristãs. O evangelho de Jesus Cristo é escandaloso em sua essência, mas é o escândalo que o mundo não pode ignorar.

            Encerro com Eclesiastes 3.7 parte b: “(...) há tempo de estar calado, e tempo de falar”. Peçamos sabedoria e discernimento ao nosso Deus, para saber o tempo de cada ação. Não banalize sua voz profética, seja luz na escuridão, paz em meio caos.


Clayton Silva Senziani