“Na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que
refreia os seus lábios é prudente” (Provérbios 10.19)
Ontem tivemos uma oportunidade muito legal de
ir ao cinema com aproximadamente 200 pessoas de nossa igreja para ver o filme “Deus
não está morto: Uma luz na escuridão”. Confesso que me surpreendi muito com o
tema bem atual que o filme abordou e gostaria de compartilhar com vocês essa
breve reflexão. Aos que ainda não assistiram o filme, fiquem tranquilos que não darei
grandes spoilers.
Dentre tantos
temas relevantes, encontrei um que tem me feito refletir muito ultimamente.
Apresento esse tema usando uma fala da personagem Keaton, uma jovem que luta
contra crises de fé. Ela diz algo mais ou menos assim: “Busco o silêncio no meio dessa gritaria toda; o mundo grita, a igreja
grita, as pessoas gritam por toda parte... Deus, só queria ouvir Tua voz”. Isso
nos aponta para a realidade, vivemos num período onde as redes sociais ampliam
cada vez mais as vozes das pessoas, entretanto, os ouvidos cada vez mais surdos
para ouvir o outro. O ser humano de repente se tornou um especialista em todas
as áreas da humanidade, discute sobre tudo, sabe de tudo e, o pior, briga por
tudo. Principalmente agora, período de eleições, qualquer fagulha é o
suficiente para incendiar brigas (fúteis em sua maioria).
Em meio a
todo esse barulho, a igreja do Senhor Jesus não pode se nivelar para baixo e se
igualar ao mundo. Como o próprio título do filme já sugere: a
igreja tem que ser luz na escuridão! Esses dias tive o desprazer de ler
uma publicação (de um irmão em Cristo, infelizmente), afirmando que quem
critica um determinado candidato é maconheiro, vagabundo e outras coisas mais. No
meio desse incêndio caótico que vivemos o que menos precisamos é de gente
jogando mais gasolina (Bem aventurados os
pacificadores).
Tenho
discernido ultimamente que nossa voz profética é expressa em poucas palavras (porém
sábias e carregadas de autoridade do Espírito Santo), mas também no silencio das
vozes para que os berros de nossas ações venham à tona. No mundo em que
multidões gritam e ninguém se ouve, precisamos falar com ações genuinamente
cristãs. O evangelho de Jesus Cristo é escandaloso em sua essência, mas é o escândalo
que o mundo não pode ignorar.
Encerro
com Eclesiastes 3.7 parte b: “(...) há
tempo de estar calado, e tempo de falar”. Peçamos sabedoria e discernimento
ao nosso Deus, para saber o tempo de cada ação. Não banalize sua voz profética,
seja
luz na escuridão, paz em meio caos.
Clayton Silva Senziani
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