“Afinal de contas, quem eu sou?”.
Em nosso mundo temos, pelo menos, duas respostas. Por um lado, temos a resposta
otimista secularizada de que somos bons. Essa resposta nos
ensina que somos plenos em nós mesmos, capazes de alcançar tudo aquilo que
almejamos e que devemos viver com o propósito de nos satisfazer em todas as
áreas de nossa vida (profissional, política, relacionamentos...). Não há
limites nessa busca, inclusive de quebrar paradigmas se necessário, o
importante é ser feliz e se satisfazer (não à toa que a auto-ajuda anda tão em
alta). Por outro lado, temos uma resposta pessimista e cética, de que somos
mera obra do acaso, assim como o mundo que vivemos, onde não há uma
esperança de que as coisas melhorem, o mundo é isso aí que vemos e acabou. Esse
tipo de resposta nos leva a um sentimento de solidão e rejeição.
Em meio a tudo isso, temos o Evangelho
de Jesus como resposta para a humanidade. O tema da identidade é muito
destacado na mensagem de Jesus, em especial vemos no encontro com Nicodemos, o
príncipe dos judeus, onde Jesus o ensina que é necessário um novo nascimento
para o ser humano, isto é, ser gerada uma nova identidade (João 3.1-21). O
Evangelho responde tanto ao otimismo quanto ao pessimismo, apontados acima. Ao
otimismo, o Evangelho confronta com a queda. O ser humano, criado a imagem e
semelhança do Criador, caiu em pecado, não há um justo sequer (Romanos
3.10-12), não há possibilidades de depositarmos tamanho otimismo sobre esse ser
humano caído que carece de salvação. Quanto ao pessimismo, o Evangelho aponta
para o Criador e para a redenção. Apontando para o Criador ensinando que não
somos obras do acaso, mas que Deus nos criou, que Ele nos ama e quer se
relacionar conosco; apontando para a redenção nos apresenta esperança, as
coisas não serão esse caos para sempre, mas que chegará um dia em que Jesus
voltará e restaurará todas as coisas.
Esse é o Evangelho de Jesus, que não é
religião. A religião requer que nós alcancemos mérito (que sejamos bons,
como apresentado acima), enquanto que o Evangelho nos ensina que Jesus
conquistou o mérito e nos salva mediante nosso arrependimento. Isso nos
responde a pergunta levantada: “quem eu sou?”, a resposta é: ser
humano, criado a imagem e semelhança de Deus com um propósito; mas que pecou e
se afastou do Criador, que carece da salvação oferecida de maneira graciosa por
Jesus mediante nosso arrependimento. Não há lugar para a soberba e nem
para a rejeição, isso é Evangelho! Voltemos ao diálogo de Jesus com Nicodemos,
para abandonarmos as identidades que o mundo nos coloca, somente nascendo de
novo, obra que o Espírito Santo de Deus realiza em nós quando nos arrependemos
a cremos em Jesus como aquele que nos salva do caos do pecado. Não somos aquilo
que o mundo diz que somos, somos aquilo que Deus diz que somos em Sua Palavra.
Deus abençoe tua vida!
Clayton Silva Senziani
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe tua opinião registrada aqui