terça-feira, 14 de agosto de 2018

NASCER DE NOVO: Uma nova perspectiva de identidade

Afinal de contas, quem eu sou?”. Em nosso mundo temos, pelo menos, duas respostas. Por um lado, temos a resposta otimista secularizada de que somos bons. Essa resposta nos ensina que somos plenos em nós mesmos, capazes de alcançar tudo aquilo que almejamos e que devemos viver com o propósito de nos satisfazer em todas as áreas de nossa vida (profissional, política, relacionamentos...). Não há limites nessa busca, inclusive de quebrar paradigmas se necessário, o importante é ser feliz e se satisfazer (não à toa que a auto-ajuda anda tão em alta). Por outro lado, temos uma resposta pessimista e cética, de que somos mera obra do acaso, assim como o mundo que vivemos, onde não há uma esperança de que as coisas melhorem, o mundo é isso aí que vemos e acabou. Esse tipo de resposta nos leva a um sentimento de solidão e rejeição.

Em meio a tudo isso, temos o Evangelho de Jesus como resposta para a humanidade. O tema da identidade é muito destacado na mensagem de Jesus, em especial vemos no encontro com Nicodemos, o príncipe dos judeus, onde Jesus o ensina que é necessário um novo nascimento para o ser humano, isto é, ser gerada uma nova identidade (João 3.1-21). O Evangelho responde tanto ao otimismo quanto ao pessimismo, apontados acima. Ao otimismo, o Evangelho confronta com a queda. O ser humano, criado a imagem e semelhança do Criador, caiu em pecado, não há um justo sequer (Romanos 3.10-12), não há possibilidades de depositarmos tamanho otimismo sobre esse ser humano caído que carece de salvação. Quanto ao pessimismo, o Evangelho aponta para o Criador e para a redenção. Apontando para o Criador ensinando que não somos obras do acaso, mas que Deus nos criou, que Ele nos ama e quer se relacionar conosco; apontando para a redenção nos apresenta esperança, as coisas não serão esse caos para sempre, mas que chegará um dia em que Jesus voltará e restaurará todas as coisas.

Esse é o Evangelho de Jesus, que não é religião. A religião requer que nós alcancemos mérito (que sejamos bons, como apresentado acima), enquanto que o Evangelho nos ensina que Jesus conquistou o mérito e nos salva mediante nosso arrependimento. Isso nos responde a pergunta levantada: “quem eu sou?”, a resposta é: ser humano, criado a imagem e semelhança de Deus com um propósito; mas que pecou e se afastou do Criador, que carece da salvação oferecida de maneira graciosa por Jesus mediante nosso arrependimento. Não há lugar para a soberba e nem para a rejeição, isso é Evangelho! Voltemos ao diálogo de Jesus com Nicodemos, para abandonarmos as identidades que o mundo nos coloca, somente nascendo de novo, obra que o Espírito Santo de Deus realiza em nós quando nos arrependemos a cremos em Jesus como aquele que nos salva do caos do pecado. Não somos aquilo que o mundo diz que somos, somos aquilo que Deus diz que somos em Sua Palavra.

Deus abençoe tua vida!

Clayton Silva Senziani

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